Como combater os biofilmes na indústria de alimentos?

Quais são os riscos causados por biofilmes na indústria de alimentos?

O combate aos biofilmes é um processo desafiador para a indústria de alimentos. Eles são colônias de microrganismos prejudiciais à segurança e à saúde pública. 

Afinal, causam efeitos nocivos à qualidade do alimento e a economia, gerando competitividade negativa nos negócios da indústria de alimentos. Diante disso, reunimos neste texto as principais informações sobre o assunto, bem como dicas de como impedir a sua proliferação. Continue a leitura para conhecer!

Antes de mais nada: o que são os biofilmes?

O que são biofilmes?

Segundo um artigo sobre o assunto, os biofilmes são um complexo ecossistema microbiológico formado a partir de uma única ou de múltiplas espécies. Podendo ser, bactérias, fungos e/ou protozoários, de modo isolado ou em combinação. 

Eles estão associados a seus produtos extracelulares, formando uma matriz de polímeros orgânicos, que se encontram aderidos a uma superfície biótica (viva) ou abiótica (inerte).

A estrutura dos biofilmes conta com partículas de proteínas, lipídeos, fosfolipídeos, carboidratos, sais minerais e vitaminas, entre outros. Essas partículas criam uma camada, uma espécie de crosta, chamada matriz, abaixo da qual, os microrganismos continuam a se desenvolver. Assim, é gerado um cultivo puro ou uma associação com outros microrganismos. O que, consequentemente, aumenta a proteção contra as agressões químicas e físicas.

A matriz exopolissacarídica agrega aos biofilmes a característica de resistência às ações do meio externo, impedindo fisicamente a ação de agentes antimicrobianos. 

Uma vez mais resistente à ação dos agentes químicos, os biofilmes tornam-se mais difíceis de serem removidos através dos procedimentos de higienização comuns. Necessitando, então, muitas vezes, de um tratamento mais específico e de maior complexidade.

As bactérias do biofilme possuem a mesma origem genética das bactérias planctônicas. Entretanto, suas atividades bioquímicas diferem em 40%, o que as torna mais difíceis de serem eliminadas. Se formados em materiais da linha de produção da indústria de alimentos, podem acarretar risco à saúde do consumidor e prejuízo financeiro à indústria.

A formação e desenvolvimento dos biofilmes estão diretamente relacionados à disponibilidade de nutrientes no ambiente circundante e sua propagação às células localizadas no interior do biofilme. 

Fatores como o pH, difusão de oxigênio, fonte de carbono e osmolaridade interferem na maturação do biofilme. O mesmo, quando alcança o estágio dito como maduro, funciona como consórcio funcional de células, com padrões de crescimento alterados, cooperação fisiológica e eficiência metabólica.

Os impactos dos biofilmes à saúde pública

Como observado, o biofilme é uma camada microscópica em que os microorganismos se acumulam. Protegendo-se, assim, da agressão dos produtos de higienização. 

Essas características os tornam grandes inimigos invisíveis da indústria alimentícia. Afinal, esses espaços contém inúmeros nutrientes disponíveis para a proliferação deles, seja em equipamentos, superfícies ou utensílios. 

E assim, inviabilizar este tipo de ambiente favorável ao desenvolvimento dos biofilmes através da higienização eficiente, principalmente das etapas desanitização ou desinfecção. Essas práticas são fundamentais na promoção  da segurança dos alimentos. Falhas nos processos de higienização certamente irão favorecer a formação e/ou desenvolvimento dos biofilmes.

Assim, a prevenção e sanitização, além de árduas, são fundamentais para promover maior segurança de alimentos.

Contudo, a presença de biofilmes nos equipamentos e superfícies em geral, podem prejudicar a qualidade e a segurança dos alimentos. O que, consequentemente, gera riscos à saúde do consumidor e à imagem da Indústria.

Alguns especialistas sugerem que a maioria dos surtos, cujos agentes etiológicos são transmitidos por alimentos, podem estar associados a biofilmes. E justificam esta teoria pelo fato de que os surtos alimentares são esporádicos, e não contínuos, como é o caso quando algumas porções dos produtos estão contaminadas.

A contaminação do alimento é responsável pelos surtos de DTHA (Doença de Transmissão Hídrica e Alimentar), devido aos agentes transmitidos para esses produtos. 

O perigo dos biofilmes a saúde pública é agravado devido ao fato de ser 1000x mais resistentes a um agente antimicrobiano, quando comparados com células planctônicas.

Riscos causados por biofilmes à indústria de alimentos

A formação dos biofilmes em superfícies gera mais alguns problemas à indústria de alimentos. Isso porque, como vem sendo abordado, eles podem aparecer em equipamentos. 

Por consequência, a aparição prejudica a produção e a qualidade dos alimentos. Isso porque os biofilmes são facilmente aderidos a metais, aço, ferros e outros. Muitas vezes, sendo capazes até de afetar o funcionamento e eficiência dos maquinários.

Conforme outro artigo sobre o assunto, eles agem como camadas isolantes. Isso ocasiona uma corrosão microbiologicamente induzida, prejudicando a transferência de calor entre as superfícies. Logo, a vida útil dos equipamentos passa a ser reduzida.

Isso ocasiona perdas significativas de energia e despesas de manutenção. Afinal, será necessário realizar a substituição de peças dos equipamentos de maneira precoce. Assim, atrapalhando a produtividade das operações e a qualidade do produto final.

Por fim, os biofilmes também são responsáveis pelas reincidências de bactérias nos espaços de processamento de alimentos. Essa recontaminação exige maiores ações de recalls (retorno do produto). E isso gera efeitos à saúde financeira da indústria e, consequentemente, à imagem dela.

Em conclusão, para além dos danos à saúde pública, os biofilmes também dificultam o desenvolvimento da indústria. Atrapalhando mercadologicamente o destaque dela e a possibilidade de aquisição de novas oportunidades de negócio. Seja referente a atração e conquista de novos clientes ou parceiros.

Como combatê-los?

Como combater os biofilmes

Frente a tudo o que foi apresentado até então, podemos afirmar que é imprescindível investir em práticas que evitem a formação de biofilmes. Dessa forma, será possível garantir uma indústria de alimentos segura, eficiente e competitiva.

Por isso, listamos as principais dicas que ajudam a impedir o crescimento dos biofilmes, mantendo a integridade das operações. Veja a seguir!

1. Promova a correta sanitização

É imprescindível a implantação de sistemas de controle de qualidade na indústria alimentícia e a aplicação de agentes sanitizantes e/ou desinfetantes efetivos. Desse modo, será possível reduzir ou remover os microrganismos das superfícies e instalações que entram em contato com os alimentos.

Logo, o primeiro passo para impedir o desenvolvimento dos biofilmes é a higienização. É fundamental promover a permanência de superfícies sanitizadas e lisas, evitando a adesão e proliferação de microrganismos.

Para isso, evite o acúmulo de águas, nutrientes e a variação de temperatura. Aqui, somente um programa adequado de limpeza e sanitização ou desinfecção será capaz de inibir o desenvolvimento dos biofilmes e eliminar os resíduos.

Importante a aplicação de produtos químicos eficientes, como os sanitizantes, após a perfeita limpeza. Além da promoção da higiene pessoal na adequação das Boas Práticas de Fabricação (BPF). 

A implantação dos sistemas Clean In Place (CIP) e Open Plant Cleaning (OPC) também colaboram com a eliminação dos biofilmes. Eles garantem a perfeita eliminação, evitando a proliferação deles na indústria alimentícia.

2. Realize monitoramento frequentes

Em seguida, deve-se investir em monitoramento contínuo dos espaços para controlar o desenvolvimento de biofilmes na indústria de alimentos. Só assim será possível detectá-los antes que se tornem maduros, impedindo sua adesão.

Também é essencial o investimento em treinamentos e no acompanhamento dos processos. É preciso reforçar, aos funcionários da indústria, a importância em evitar estes microorganismos para o correto funcionamento da produção. 

Por isso, relembre e reforce os protocolos, promova palestras, capacitações e conversas em grupo. Distribua, também, materiais de apoio e coloque-os nos espaços compartilhados. 

O monitoramento das atividades, dos equipamentos e das equipes precisa ser prioridade e estar descrito no controle de qualidade.

3. Conte com excelentes parceiros

Para conseguir colocar em prática os passos anteriores, conte com parceiros que forneçam produtos químicos, mas que também vão além. Isto é, tenha o apoio de empresas que colaboram com as capacitações e com a identificação dos biofilmes.

E é aqui que a Mustang Pluron se destaca. Somos o parceiro estratégico ideal para ajudar a manter a produção em perfeito funcionamento. Isso porque contamos com uma equipe de especialistas e mais de 5 décadas de experiência. 

Durante esse tempo, promovemos limpeza e sanitização/desinfecção profissional em diversos segmentos. Nosso objetivo é garantir a qualidade nos processos da sua produção através de nossos produtos, tecnologia e suporte técnico.

Desenvolvemos detergentes e desinfetantes registrados ou notificados pela ANVISA. E, ainda, disponibilizamos um excelente programa de assistência técnica e alta tecnologia.

Nessa parceria, utilizamos da bioluminescência do Luminômetro para a detecção de resíduos de ATP. Essa é uma ferramenta cada vez mais utilizada na validação dos processos de higiene de superfícies.

O ATP-bioluminescência é fundamental para verificar uma possível presença de células de origem diversas após a limpeza. Aqui, as moléculas de ATP reagem ao complexo de luciferina-luciferase emitindo fótons de luz (URL).

Utilizamos também o BioFinder para avaliar e verificar a ausência de possíveis formações de biofilmes. Ele é um reagente que, através da enzima catalase, detecta resíduos de proteínas e manchas, capazes de gerar bactérias.

A técnica detecta microrganismos que são invisíveis a olho nu, contribuindo para a manutenção da qualidade de alimentos e a prevenção de possíveis fontes de contaminação aos alimentos. É utilizado como ferramenta de validação da higienização de superfícies, garantindo condições seguras ao processamento de alimentos.

Como complemento às ferramentas de validação disponíveis, podemos citar também as análises de microbiologia convencional. Elas são realizadas através do método de estriamento em placa, com ensaios internos no laboratório de microbiologia, utilizando da coleta de swab, retirada em campo pela equipe técnica externa. 

Em conclusão, as tecnologias e técnicas usadas pela Mustang são perfeitas para avaliar a performance da higienização da sua indústria.

Ainda com dúvidas?

Como vimos ao longo do texto, os biofilmes são um dos maiores inimigos da indústria alimentícia. Combatê-los é indispensável e uma condição da indústria de alimentos que deseja garantir a segurança e eficiência.

Ainda permanece com dúvidas ou curiosidade sobre o tema, mesmo após essa leitura? Então, não se preocupe! Para se aprofundar ainda mais, baixe agora nosso guia completo sobre biofilme.

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