O controle de qualidade de alimentos e bebidas é fundamental para evitar a contaminação da população. É mais do que um diferencial competitivo, é dever da indústria garantir a preservação dos produtos, além do conforto nutritivo e sensorial.
Pensando nisso, listamos algumas boas práticas que contribuem para a otimização desse setor. Confira!
Pontos de otimização do controle de qualidade de alimentos e bebidas
Você já sabe a importância do controle de qualidade de alimentos e bebidas para a segurança deles e, consequentemente, para a saúde pública. Evitar a contaminação é fundamental para a garantia de redução de surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA).
Por isso, para evitar erros e reforçar a assertividade do controle de qualidade, listamos abaixo alguns pontos que devem ser considerados na otimização do processo, garantindo os melhores resultados.
1 Faça planos de verificação por produto e PCC
Nem todos os produtos exigem os mesmos cuidados. Por isso, para otimizar esse processo, separe todos eles por grupo. Defina a melhor categoria para isso e os organize de acordo com suas peculiaridades e especificidades. Eles podem ser separados por fases de produção, propriedades ou matéria-prima, por exemplo.
Essas organizações contribuem com a padronização das atividades e com a avaliação delas, permitindo a identificação de melhorias e uso de estratégias diferenciadas para cada um deles.
Aqui, será importante ter bem definido os Pontos Críticos de Controle (PCC). São eles que apontam as ações preventivas de fabricação e preparação dos produtos.
Os PCCs podem ser definidos como medidas responsáveis pela orientação com o cuidado dos alimentos e bebidas. O intuito é evitar a contaminação deles durante o preparo e manuseio.
2 Utilize os recursos da Indústria 4.0

A Indústria 4.0 é o conceito que aborda o uso de tecnologias e digitalização nos processos industriais para garantir maior assertividade e otimização. A quarta revolução aborda a inteligência das máquinas como ferramenta de apoio para a qualidade e eficiência das produções, fornecendo maior produtividade e inteligência.
Na indústria de alimentos e bebidas esse conceito permite que toda a cadeia do setor seja analisada e controlada, desde o campo até o consumidor final. O monitoramento em tempo real permite maior rastreabilidade, proporcionando controle de custos, desperdícios e qualidade.
A manutenção e o monitoramento remoto garantem uma produção segura, econômica e até sustentável. Ou seja, o uso de tecnologias disruptivas torna o controle de alimentos e bebidas mais inteligentes e com base em análise de dados.
A segurança é garantida graças a rastreabilidade que aponta falhas, erros e contaminação da cadeia, fornecendo uma gestão preditiva, com possibilidade de otimização de cada etapa.
Logo, neste momento, aposte em tecnologias de gestão, em inteligência artificial para reduzir retrabalhos e desperdícios, bem como no Big Data para identificar necessidades de manutenção e armazenamento de dados.
A digitalização é fundamental para a eficiência das atividades e, consequentemente, para a segurança de alimentos e bebidas.
3 Invista na automação e padronização dos processos
A automação só é possível graças ao uso das tecnologias da Indústria 4.0. A otimização funciona em efeito cadeia, quando um passo é aplicado, o próximo acaba sendo consequência do primeiro. E é justamente o que acontece aqui!
Em resumo, esse procedimento nada mais é do que o uso de tecnologia para potencializar processos repetitivos e que podem ser geridos por ferramentas inteligentes.
Graças a essa implementação é possível reduzir custos e garantir produtividade, disponibilizando mais tempo para análises e avaliações que exigem um olhar cuidadoso com detalhes.
É possível, também, ter um maior controle de estoque e melhora na conservação dos produtos, tornando a tomada de decisão mais eficiente, integrada e assertiva.
Portanto, os processos passam a ser mais padronizados. Com a automação haverá a uniformização de cada atividade, reduzindo as variações de qualidade da produção.
Com as informações disponibilizadas pelas ferramentas tecnológicas, todos poderão ter acesso a elas, garantindo um maior controle desde a matéria-prima até a embalagem.
A padronização também uniformiza os produtos, possibilitando a coerência com as medidas de segurança e eficácia dos processos graças a otimização.
4 Integre o controle com outras áreas
E com a ajuda dessas mesmas tecnologias é possível integrar mais de um setor da indústria. Invista em um sistema integrado de gestão empresarial (ERPs), por exemplo, para ter uma melhora na comunicação dos departamentos, facilitando a compreensão de cada tarefa e atividade.
Essa também é uma característica que colabora com a rastreabilidade da cadeia, contribuindo para um maior controle de qualidade.
A troca de informações é valiosa para a segurança e preservação dos produtos. Com todos a par dos objetivos, metas e processos, ficará mais fácil identificar erros e realizar ações corretivas e preventivas.
5 Acompanhe indicadores
O acompanhamento dos resultados é a atividade principal para a identificação de pontos críticos e de melhoria. Só com a análise dos dados e indicadores gerados pelas ferramentas é possível comparar com o planejamento inicial e com os PCCs.
As metas e objetivos só serão alcançados com o acompanhamento de perto da produção e das suas métricas. Então utilize essa etapa para otimizar a detecção, bem como para evitar a correção de desvios indesejáveis e rupturas na cadeia produtiva.
6 Se atualize quanto às normas e o mercado

A principal norma deste setor é a ISO 22000, já que ela é reconhecida e referenciada internacionalmente. Segundo a Associação dos Fabricantes do Brasil (AFREBRAS), são abordados nela os requisitos necessários para uma boa gestão de segurança de alimentos, controlando os perigos e permitindo maior qualidade dos produtos.
Além dessa há também a RDC 51 e a RDC 52. Ambas dizem respeito à Resolução de Diretoria Colegiada, desenvolvida pela Anvisa. A primeira especifica os critérios necessários para contato dos materiais com as embalagens, evitando o contágio. Já a segunda trata dos níveis aceitáveis de corantes e taxa de pureza para os materiais que entram em contato com os produtos.
Há, também, normas de segurança do trabalho que colaboram com o bem-estar dos profissionais e com a preservação dos alimentos. Neste momento, é necessário um controle rigoroso de EPIs, por exemplo.
Os equipamentos de proteção individual muitas das vezes não são respeitados como deveriam ser. Portanto, exija o uso deles e incentive o engajamento dos profissionais para facilitar o entendimento da importância deles.
Por fim, esteja atento às novidades e tendências da indústria. Acompanhar as mudanças e alterações do mercado é fundamental para identificar novos processos e estratégias que colaboram com a segurança e controle de qualidade dos alimentos.
7 Aposte em produtos específicos de Clean In Place (CIP)
A higienização do ambiente também é responsável pela qualidade dos produtos. Logo a limpeza e desinfecção não pode ser ignorada caso queira garantir um maior cuidado com o resultado final.
O Clean In Place (CIP) é um processo que viabiliza a limpeza dos equipamentos, máquinas e ferramentas sem a necessidade de desmontagem deles. O que facilita a circulação deles em lugares contaminados, aumentando a insegurança.
A Mustang Pluron, por exemplo, possui produtos específicos para este sistema, colaborando com a higienização da indústria.
Esse método exige o envolvimento do operador para aplicar os produtos químicos específicos que permitem a adequada higienização, como detergentes e solventes.
É necessário misturar esses produtos com a energia, pressão e temperatura adequadas, em um determinado período de tempo, para assegurar a eficácia da limpeza.
Assim, os resultados são mais controlados e padronizados, permitindo maior controle dos processos.
Próximo passo
O controle de qualidade anda lado a lado a segurança de alimentos e bebidas. Por isso, para otimizar os processos e permitir um setor mais eficiente é necessário seguir os passos apresentados.
Coloque-os em prática, um por vez, e acompanhe os resultados. Com o tempo, é possível aprimorá-los para identificar as ações mais adequadas com a sua indústria.
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