A eficiência do PPHO é verificada diariamente pelo resultado do correto funcionamento dos processos, visando a qualidade, produtividade e segurança. Na indústria de alimentos o monitoramento das condições higiênico-sanitárias é uma questão de saúde pública.
Neste artigo reunimos as principais informações sobre esse assunto, bem como dicas de como garantir os melhores resultados na sua operação industrial. Continue a leitura para conferir!
Por que a eficiência operacional é tão importante na indústria de alimentos?
O conjunto de fatores que envolve a eficiência operacional é o resultado da alta produtividade e redução de custos. Portanto, a falta da inter relação destes fatores causa impactos significativos na competitividade e na lucratividade.
Este é um tema que se refere à capacidade de a indústria de alimentos de desenvolver atividades interligadas, buscando o alto desempenho, eficiência e otimização.
Aqui o objetivo é utilizar o mínimo de recursos possíveis, maximizando a sua cadeia produtiva e ampliando a qualidade do que é oferecido. Em outras palavras, a eficiência operacional é o mesmo que garantir que os investimentos resultem em bons retornos de lucratividade, produtividade e qualidade.
Cabe destacar que o “operacional” do termo diz respeito a todo o fluxograma do processo. Portanto, o foco aqui é assegurar que as tarefas sejam padronizadas e bem executadas para alcançar tudo o que temos abordado até então: qualidade, desempenho e saúde financeira.
Na indústria de alimentos essa é uma preocupação muito importante. Isso porque a preocupação com as perdas operacionais impactam diretamente a qualidade e expectativa do consumidor.
Afinal, estamos falando da produção de alimentos! Dessa forma, a ineficiência pode gerar recall devido a contaminações e, efeitos negativos no Shelf Life dos produtos, e consequentemente, à saúde pública.
Segundo o Ministério da saúde, existem diversos tipos de DTHA no mundo, podendo ser causadas por bactérias e suas toxinas, vírus, parasitas intestinais oportunistas ou substâncias químicas. É considerado surto de DTHA quando duas ou mais pessoas apresentam doença ou sinais e sintomas semelhantes após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem, normalmente em um mesmo local. Para doenças de alta gravidade, como Botulismo e Cólera, a confirmação de apenas um caso já é considerado surto.
Estima-se que na região das Américas a cada ano 77 milhões de pessoas sofrem de doenças transmitidas por alimentos (DTA) e mais de 9.000 morrem. Do total de pacientes, 31 milhões são crianças menores de 5 anos, das quais mais de 2.000 morrem. As DTA’s são evitáveis e é possível preveni-las e até mesmo evitá-las através da implantação, nas Indústrias de Alimentos em geral, de programas obrigatórios e essenciais de Higiene, tais como BPF, APPCC, PPHO, POP e outros que se fazem necessários para a gestão da Qualidade do Alimento.
Logo, tudo na indústria de alimentos precisa funcionar perfeitamente para garantir a integridade do produto e, assim, a segurança ao consumidor final.
Além disso, vale também destacar que a falta de qualidade ainda reduz a participação e competitividade da empresa no mercado.
Como garantir a eficiência operacional na indústria alimentícia?
Diante dos impactos causados pela eficiência operacional na indústria alimentícia, reunimos a seguir uma lista com boas práticas para garantir o aumento dela.
Confira a seguir!
Mapeamento dos processos
O mapeamento dos processos é o primeiro passo para qualquer reestruturação. E no caso da busca pela eficiência operacional, essa se torna uma prática ainda mais essencial.
Esse é o momento de avaliar as atividades, suas conexões, equipamentos e performance dos profissionais. O objetivo é encontrar os gargalos para que possam ser aplicadas soluções capazes de promover a melhoria contínua e, consequentemente, a segurança dos alimentos.
Então, neste momento deve-se considerar tudo: Qualidade da água; condições e higiene dos equipamentos e maquinários; prevenir a contaminação cruzada; higiene pessoal; homologação de fornecedores de insumos em geral; identificação e estocagem adequada de matéria prima, produtos de higiene e produtos acabados; preocupação com a salubridade dos colaboradores e um efetivo controle integrado de vetores.
Sendo assim, o setor de controle de qualidade neste período precisa avaliar as perdas, já que elas passam por toda a cadeia produtiva. Somente assim será possível promover a otimização dos processos ao eliminar desperdícios que estão gerando ineficiência operacional e perda de competitividade.
Padronize as atividades
Em seguida é fundamental padronizar as atividades, considerando as melhorias apontadas na etapa anterior. Com isso é possível promover previsibilidade e estabilidade, reduzindo erros e retrabalhos.
Essa é uma prática que não só garante otimização e alta produtividade, como também é uma estratégia preventiva.
A estruturação e organização das atividades é fundamental para, inclusive, encontrar pontos de melhoria com mais facilidade, antes que de fato virem o problema.
O que, consequentemente, resulta em menos paralisação de tarefas e máquinas, gerando eficiência operacional.
Para isso é ideal o investimento em duas ferramentas: Programas de gestão nos quais se aplicam medidas sanitárias e Treinamento para a sua equipe.
A primeira contribui com a eficiência e padronização da produção. O programa de gestão da qualidade dos alimentos permite que o processo produtivo seja acompanhado, organizado e centralizado. Isso porque elas produzem base e históricos de dados que colaboram para um controle mais assertivo.
Enquanto a segunda ferramenta contribui para o aprimoramento e desenvolvimento de habilidades fundamentais da sua equipe. A qualificação dos profissionais é um atributo importante para a produtividade e, consequentemente, eficiência operacional.
E o treinamento também os ajuda a mantê-los atualizados quanto às tendências, novidades e técnicas do mercado. Bem como os mantém engajados e comprometidos com a redução de custos, retrabalhos e desperdícios.
Aqui também é importante reforçar as orientações operacionais, lembrando da importância de seguir as instruções quanto a higienização e eficiência.
Estabelecimento de metas
Uma vez identificado os problemas e mapeadas as atividades, chega a hora de estabelecer melhorias juntamente com a aplicação de metas.
Ou seja, com a identificação dos pontos de melhoria é possível apontar os resultados desejados para garantir a redução de custo, aumento na eficiência operacional e segurança de alimentos.
Logo, cada ponto de melhoria precisa contar com uma meta para que o acompanhamento da atividade tenha como base o alcance da mesma. Aqui é preciso monitorar o plano de ação, avaliando os resultados e o funcionamento de sua estrutura.
Os programas de controle de qualidade dos alimentos na indústria alimentícia precisam ser corretamente implementadas e monitoradas. Somente assim será possível evitar as perdas, contaminação e baixa qualidade de produtos.
Foco na higienização na indústria
Precisamos priorizar sempre a higienização na Indústria de Alimentos, como um ponto importante na busca pela eficiência operacional como um todo, pois, esse é um processo que faz parte do correto controle de qualidade e sucesso da empresa. .
Então, garantir que os procedimentos de higienização sejam corretamente aplicados é fundamental para a segurança do alimento e eficiência operacional.
Basta imaginar o seguinte cenário: um alimento foi contaminado por um equipamento mal higienizado. Aqui, a falta de higienização fará com que todo o lote daquele produto entre em quarentena e posterior descarte, com graves perdas financeiras para a indústria.
Portanto, é fundamental investir na correta Higienização de toda a planta da indústria de alimentos, com a ajuda de soluções químicas que colaboram para a eliminação de contaminações fisica, química e microbiológica.
Da mesma forma, é essencial promover a conscientização dos funcionários, aprimorando as orientações e reforçando com planos de ação e treinamentos.
Próximo passo
Deve-se seguir essas boas práticas para promover a eficiência operacional. Contudo, elas não são para ser realizadas apenas uma vez. A melhoria contínua consiste na revisitação dos processos de tempos em tempos para encontrar pontos de aprimoramento.
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