A qualidade do ar na produção de alimentos é uma das preocupações da indústria. A higienização dos espaços colabora com a limpeza e desinfecção das superfícies assim como com a preservação do ar.
Neste texto, trouxemos fundamentos importantes sobre esse assunto, além das boas práticas que devem ser executadas nessa indústria. Veja!
Por que se preocupar com a qualidade do ar na produção de alimentos?
A qualidade do ar na produção de alimentos é fundamental para evitar riscos associados à contaminação de alimentos, superfícies e embalagens. Da mesma forma, é importante para preservar a saúde dos manipuladores da área.
Ou seja, além dos cuidados físicos quanto à transmissão de contaminantes aos produtos, também é necessário promover o controle da qualidade do ar nesses ambientes.
Segundo um artigo sobre o assunto, a higiene industrial colabora com a obtenção de um produto que, além das qualidades nutricionais e sensoriais, tenha uma boa condição higiênico-sanitária. Assim, previnem-se os riscos à saúde do consumidor.
Ainda nesse cenário, a contaminação pelo ar tende a ser um dos grandes problemas na indústria de alimentos. Isso porque a presença de microrganismos nos ambientes de processamento pode levar a transmissão ao produto final.
O artigo afirma que as fontes de contaminação nesse meio são os alimentos, manipuladores, animais, insetos, além de equipamentos, utensílios e componentes estruturais do prédio mal higienizados.
Tanto o ar ambiente quanto as embalagens primárias, as mãos dos funcionários e os utensílios são pontos que precisam ser ajustados às Boas Práticas de Fabricação (BPF) para eliminar possibilidades de riscos.
Contudo, não há uma legislação específica para a regulamentação desse problema no setor. Mas, a Resolução de nº 9, de 16 de janeiro de 2003, da ANVISA, determina os Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados Artificialmente de Uso Público e Coletivo.
Com ela, é possível obter um valor referência máxima (Valor Máximo Recomendável – VMR) para a avaliação e controle do ar ambiente. Segundo o documento, quando o VMR for ultrapassado ou a relação I/E (ambiente interno e externo) for > 1,5, deve-se realizar um diagnóstico de fontes poluentes para uma intervenção corretiva.
Entenda mais sobre os impactos da falta de qualidade do ar na produção de alimentos
Ainda conforme a resolução de nº 9, um ambiente aceitável é definido por “ambientes livres de contaminantes em concentrações potencialmente perigosas à saúde dos ocupantes ou que apresentem um mínimo de 80% dos ocupantes destes ambientes sem queixas ou sintomatologia de desconforto”.
Mas, para isso, é preciso evitar o acúmulo de microrganismos como bactérias e fungos. Isso porque a maioria das bactérias patogênicas são aeróbias, ou seja, necessitam de oxigênio para se desenvolverem e multiplicar.
Por isso, é fundamental que esses espaços estejam devidamente higienizados para evitar a circulação desses agentes e, assim, promover a qualidade do ar na produção de alimentos.
Além disso, a filtragem do ar é importante para o controle de contaminação. Entretanto, é necessário avaliar demais fatores, como a maneira de distribuição do ar, materiais e equipamentos utilizados, e comportamento dos funcionários.
Toda essa preocupação é imprescindível para garantir a extensão da vida de prateleira dos produtos, bem como a eliminação do uso de aditivos, tais quais os conservantes.
Dessa maneira, será possível garantir uma melhor condição higiênico-sanitária de um produto, oferecendo nenhum risco à saúde do consumidor final. E isso gera uma excelente experiência ao cliente e, consequentemente, credibilidade no mercado.
Cabe destacar que um ambiente higienizado também oferece conforto aos funcionários, preservando a saúde dos mesmos. Ou seja, ao seguirem as BPF eles estarão mantendo o próprio bem-estar.
Para acrescentar, conforme os números do Ministério da Saúde, já existem mais de 250 tipos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA).
Entre 2007 a 2020, foram registrados uma média anual de 662 surtos de DTHA no Brasil. Desses casos, 156 mil ficaram doentes, 22 mil hospitalizados e 152 óbitos.
Para evitar esses números, o ideal é uma atuação preventiva que se baseia em planos de amostragem, constante monitoramento e avaliações microbiológicas do ambiente.
Como promover o controle do ar na produção de alimentos?
Como vimos ao longo deste texto, é extremamente importante a prevenção, eliminando a possibilidade de contaminação para gerar a qualidade do ar na produção de alimentos.
Para isso, podemos citar algumas boas práticas que colaboram para a assertividade desse controle.
Confira a lista a seguir!
1 Realizar procedimentos adequados na rotina diária
Para manter o controle e a qualidade do ar na produção de alimentos, existem as dicas apresentadas no artigo citado anteriormente. Segundo as autoras, na rotina diária industrial é preciso:
- Realizar a remoção do lixo diariamente, quantas vezes forem necessárias. Sempre em recipientes apropriados, devidamente tampados e ensacados. Ao mesmo tempo, tomar medidas eficientes para evitar a penetração de insetos, roedores e outros animais;
- Impedir a presença de animais domésticos no local de trabalho;
- Seguir corretamente um programa de Controle Integrado de Pragas;
- Estar em conformidade com o Regulamento Sobre os Parâmetros e Critérios para o Controle Higiênico – Sanitário em Estabelecimentos de Alimentos.
2 Mapear filtros
Outro passo importante para a promoção da qualidade do ar na produção de alimentos diz respeito ao mapeamento dos filtros na sua indústria.
Para isso, deve-se estabelecer profissionais responsáveis para esta prática, assim como a frequência ideal para a inspeção e substituição dos mesmos.
O importante é que essas equipes realizem a troca quando forem identificados indícios de contaminação, mesmo com o prazo em dia, segundo especialistas do portal E-Food.
E lembre-se que é essencial que o fluxo de ar seja projetado de maneira adequada. Ou seja, saindo da área limpa e indo para área suja. Caso contrário, os agentes contaminantes serão levados para os ambientes internos de produção.
3 Programar limpezas de dutos
Ainda conforme o portal, outra boa prática para garantir a qualidade do ar na produção de alimentos é idealizar uma programação de limpezas dos dutos. O ideal é que seja organizada com a área de manutenção industrial pelo menos 1 vez ao ano.
Também é importante alinhar essa programação com o planejamento de produção para que as atividades sejam interrompidas durante esse período. Assim, será possível assegurar, com maior facilidade, a prevenção e o controle de contaminação.
4 Seguir as principais normas
Já conforme a resolução nº 9 da ANVISA, para a correta avaliação microbiológica do ar ambiental interior e dos ambientes climatizados de uso coletivo é necessário seguir as seguintes Normas Técnicas: 001, 002, 003 e 004.
Para a elaboração de relatórios técnicos sobre qualidade do ar interior, é recomendada a NBR10.719 da ABNT.
Além delas, também é indicado o acompanhamento complementar das seguintes normas e resoluções:
- World Health Organization. Indoor air quality: biological contaminants; Copenhagen, Denmark, 1983 ( European Series nº 31);
- American Society of Hearting, Refreigerating and Air Conditioning Engineers, Inc. ASHARAE Standard 62 – Ventilation for Acceptable Indoor Air Quality, 2001 3 Kulcsar Neto, F & Siqueira, LFG. Padrões Referenciais para Análise de Resultados de Qualidade Microbiológica do Ar em Interiores Visando a Saúde Pública no Brasil – Revista da Brasindoor . 2 (10): 4-21,1999;
- Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, Resolução n.º 03 de 28/06 /1990;
- ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 6401 – Instalações Centrais de Ar Condicionado para Conforto – Parâmetros Básicos de Projeto, 1980;
- Siqueira, LFG & Dantas, EHM. Organização e Métodos no Processo de Avaliação da Qualidade do Ar de Interiores – Revista da Brasindoor, 3 (1): 19-26, 1999;
- Aquino Neto, F.R; Brickus, L.S.R. Padrões Referenciais para Análise de Resultados da Qualidade Físico-química do Ar de Interior Visando a Saúde Pública. Revista da Brasindoor, 3(2):4 -15,1999.
5 Higienizar e usar produtos químicos adequados
Por fim, como vimos acima, a higienização dos espaços industriais e dos equipamentos é fundamental para a garantia do controle e da qualidade do ar na produção de alimentos. Isso porque a ação será capaz de minimizar os contaminantes, evitando a circulação dos mesmos.
Para isso, deve-se contar com os produtos químicos adequados. Podemos citar como exemplo o Pluron Conver Gel, desenvolvido pela Mustang Pluron.
Trata-se de um produto indicado para ser aplicado em resfriadores de câmaras frias e trocadores de calor com temperaturas entre 0 e 8ºC. Sejam de frigoríficos, laticínios, indústrias de sorvetes, de refeições pré-preparadas ou indústrias alimentícias; locais onde há o armazenamento de alimentos e matérias-primas suscetíveis à contaminação.
O produto possue aspecto líquido, porém quando submetidos a baixas temperaturas, converte-se em gel aderindo à superfície sem secar, dissolvendo-se gradativamente com a passagem do ar úmido. Com o seu uso frequente desse, é possível manter as placas limpas, evitando incrustações, fazendo com que desa forma o equipamento não perca desempenho de troca térmica bem como consumo excessivo de energia elétrica.
Os evaporadores, são pontos suscetíveis a contaminação por microrganismos psicotróficos (que apresentam capacidade de multiplicação em temperatura de refrigeração entre 0 e 8 ºC). Tratando-se de microrganismos psicrotróficos, podemos citar a listéria monocytogenes, um microrganismo patógeno responsável por várias DTA´s que podem acometer a saúde de pessoas que consomem alimentos contaminados por esse microrganismo patógeno.
Cabe ressaltar que o produto possui laudo de eficiência contra Listeria monocytogenes, inibindo o crescimento desse microrganismos e assegurando a qualidade do produto final.
Além dessa solução, a Mustang disponibiliza um portfólio completo de produtos químicos adequados para cada fase da higienização da sua indústria. Para conferi-lo basta clicar no botão abaixo e realizar o download gratuito do catálogo.